terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ainda bem que não estamos em guerra

Você tem medo de bonecos grandes? Eu tenho... Alguns parecem humanos demais. Muitos parecem zumbis. Outros me fazem lembrar o Chuck. Em todos os casos, fico sempre receoso com a possibilidade de eles piscarem ou fazerem algum movimento sutil, mas suficiente para me arrepiar.
Tenho essa sensação toda vez que passo pela entrada da 5ª Companhia de Guardas do Exército, na Pedro Álvares Cabral, entre Júlio César e Tavares Bastos, e vejo aquele espantalho imóvel ali, eternamente em posição de sentido.
Hoje resolvi encarar essa fobia, e parei para fotografar o dito cujo.
Todavia, enquanto procurava o melhor enquadramento para captar o ângulo mais fotogênico de tão expressivo manequim, fui abordado pelo sentinela (o de carne e osso), o qual me informou que eu teria de pedir autorização para o comandante da guarda antes de prosseguir com minhas intenções.

- Bom dia, comandante! Posso fotografar aquele boneco?
- Como não estamos em período de combate, o senhor está autorizado. Caso contrário, isso não seria possível.


Nossa, como eu me senti seguro! Já pensou se eu fosse um terrorista? E se os venezuelanos resolvem nos atacar? Não temerei! Estamos bem protegidos!

7 comentários:

Yúdice Andrade disse...

O boneco em questão só não é mais horroroso que o gosto pela burocracia. Ou burrocracia, melhor dizendo. E viva a paz!

Marcelo disse...

Wagner,
Já que as gloriosas tropas paraenses e o honrado boneco do "Falcon-Chuck" em questão não estão em combate, sugiro mandá-lo para as missões de paz do Brasil no Haiti... Quem sabe por lá ele tenha utilidade (nem que seja para divertir - ou assustar - as crianças haitianas!!).
Abraço

Anônimo disse...

Seria engraçado se ele se movesse e me pedisse uma esmola, por causa do soldo defasado.

Frederico Guerreiro disse...

Já parei com um pneu furado bem ali e uma sentinela me advertiu que eu não poderia ficar parado naquele acostamento. Eu sequer estava atrapalhando a entrada, mas o gualdinha disse que era área de segurança e me "mandou" sair dali. Apontei para o pneu e dei-lhe as costas. Ele, sabe-se lá por que, foi embora. ?????? Seria impossível não ter visto o pneu furado, que era o dianteiro direito. Tinha cheirado pólvora, só pode ser.

Anônimo disse...

Frederico,
Você é uma ameaça à segurança nacional e não sabe. Cuidado com o que escreve, pois há um araponga do extinto SNI no seu encalço. E depois que você falou em seu blog que "apertou os dedos no teclado como quem descarrega um fuzil AR-15", aí é que se lascou mesmo!
Eles estão de olho!!! (mas é para o nosso bem...)

Abraço

Frederico Guerreiro disse...

Podem vir. Nas armas podem até me ferir. Mas no terreiro das letras e da fundamentção...

Anônimo disse...

É mesmo... eles que tomem cuidado!
Esqueci que estava tratando com "o intimorato" (confesso que tive de recorrer ao google, e de quebra aprendi a diferença para "intemerato"... taí, duas palavras novas que eu aprendi graças a você)

Abraço