Às vésperas do dia de finados de 2008, com este blog ainda se iniciando, tive a ideia de postar algo sobre os dois santos populares mais cultuados em Belém: Severa Romana e Dr. Camilo Salgado, aos quais se atribuem vários milagres. É um assunto que desperta minha curiosidade desde que cheguei por aqui, e eu teria a oportunidade de testemunhar a devoção dos fiéis e, de quebra, "divulgá-la para o mundo" (quanta pretensão!).
Plano elaborado: no dia 02 de novembro, eu entraria pela primeira vez no Cemitério de Santa Izabel e fotografaria a movimentação em torno dos túmulos de nossos santos. Muito simples.
O problema... bem... o problema é que naquele dia tive uma crise de preguicite aguda... "Eu posso fotografar os túmulos em qualquer dia, não?" (quando a gente não quer, qualquer desculpa serve).
No dia seguinte, com a consciência pesada por ter deixado passar um evento que só se repetiria um ano depois, arrumei um tempinho no horário de almoço para ir ao cemitério e fotografar pelo menos os jazigos adornados com as ofertas e ex-votos dos pagadores de promessas.
Lá chegando, totalmente desorientado naquele ambiente desconhecido, resolvi perguntar aos guardas municipais de plantão na guarita de entrada:
- Por favor, onde está a Severa Romana? (o Dr. Camilo eu já sabia que se encontrava ao lado esquerdo da rua de entrada)
- Senhor, nós não sabemos... só estamos aqui cobrindo a folga dos colegas. Pergunte lá na secretaria. Se essa Dona Severa trabalha aqui, eles certamente o levarão até ela.
É... ali não deixa de ser o "local de trabalho" dela...
Já viram, não é?... Tive de encarar sozinho aquele labirinto deserto de alamedas estreitas, espremidas entre amontoados de jazigos, cruzes, fotos, imagens e flores, até finalmente encontrar a bendita Severa Romana.
O piso em volta do túmulo de Severa Romana é todo coberto por placas de agradecimento.
É tanta coisa que deixam por lá (velas, flores, placas...) que fica até difícil encontrar a melhor posição para fotografar. Fico imaginando como teria sido no dia de finados mesmo. Talvez eu não conseguisse chegar tão perto.
Ele também deve ter estudado (sem tirar o mérito da santa).
Para encontrar Dr. Camilo Salgado foi mais fácil.
Essas fotos ficaram guardadas até agora porque eu pretendia escrever uma postagem contando um pouco da história dos dois. Novamente bateu a preguiça... Querem saber? O que eu colocaria aqui não é muito diferente do que vocês encontrarão no google. Ah... não tenho vocação para CTRL+C CTRL+V. Se quiserem saber mais, vão lá, tá?
E por que resolvi publicá-las só agora? Simples: hoje não saí para fotografar. Como ontem não atualizei o blog, tive de revirar meus arquivos a fim de encontrar algo para não deixar meus cinco visitantes fiéis sem novidades.
8 comentários:
Boa pauta. Naquele cemitério tem muitas histórias pra se contar.
Fala, Wagner
gostei do teu blog, muito mais produtivo que o meu, mesmo gostando mais de curtir que de trabalhar(rs).
Grande abraço
Alex Lacerda
Frederico, obrigado por mais uma visita. Estou pensando numa forma de recompensar meus leitores fiéis - e você certamente é um deles. Seria algo como um cartão "Fidelidade Belenâmbulo", que tal?
Alex, o blog só é produtivo por se tratar de curtição.
Abraços
Meu caro, antes de mais nada, apreciei a postagem, tendo em vista que gosto de cemitérios (em que pese me criticarem por isso). Explico: gosto deles pela paz reinante (quando não há assaltos) e pelas magníficas obras de arte que existem neles - infelizmente não nos cemitérios-parque.
Os dois túmulos não são difíceis de encontrar e, sem dúvida, rendem uma boa pauta, a que posso acrescentar dois pontos: tiveste sorte de não ser impedido de fotografar pela administração, que agora cobra uma taxa para isso. Não sei se em todos os cemitérios ou se apenas no Soledade. E tiveste sorte quanto aos ladrões. Por causa de ambos os fatores, ainda não fui ao Santa Izabel fotografar um anjo belíssimo que enfeita um túmulo lá.
No dia que eu for, publico a foto. Abraços.
Prezado Yúdice,
Concordo com você quanto ao ambiente... digamos assim... acolhedor dos cemitérios. Tinha de ser acolhedor mesmo, não? Para nós aguentarmos passar a eternidade por lá...
Ainda bem que seu comentário só veio depois que eu já havia entrado (e saído ileso!) no cemitério. Caso contrário, eu hesitaria, com receio. Às vezes, a ignorância nos ajuda a ser mais arrojados. Fui lá como sempre vou: sem perguntar nada... olho... fotografo... olho de novo (se valer a pena)... dou um tempo... vou embora. Não fui abordado nem por funcionários, nem por ladrões.
Taxa para fotografar?! Acho que essa moda ainda não chegou lá pelo Santa Izabel. Então trate de retratar logo o seu anjo (aproveite enquanto a Força Nacional estiver por aqui), senão você corre o risco de encontrar ele coberto de anúncios publicitários... do jeito que as coisas andam...
Abraço
A partir de agora pode contar mais 1, serão 6 visitantes fiéis. ahahaha.
Seu blog é bem bacana e a propaganda no falo Pq tenho boca funcionou, te achei por lá.
Abraços.
Prezado Diniz,
Agradeço pela visita e pelo link (o seu já está aí ao lado).
Abraço
Nosso estado maravilhoso, nossa gente...
Postar um comentário