Já fui dormir no domingo disposto a madrugar na segunda. O céu estava limpo e a lua estava linda. Um convite para um passeio fotográfico matinal.
As primeiras horas do feriado foram bem aproveitadas.
Cinco horas: pôr-da-lua sobre o Guajará.
Cinco e meia: o céu começa a clarear, e o Ver-o-Peso já está em polvorosa.
Seis horas: o sol vem surgindo por trás da Catedral da Sé.
Seis e meia: ainda se pode caminhar com relativa tranquilidade no Cemitério de Santa Izabel.
- Você tem sorte de ainda não terem lhe roubado... desfilando com essa câmera pendurada no pescoço! - alertou-me uma senhora que fazia a limpeza dos túmulos.
- Mas... hoje?! - eu já havia sido avisado sobre o perigo nos cemitérios através dos comentários feitos em outra postagem, entretanto acreditei que, num dia de maior movimento, estaria mais seguro.
- Com certeza já tem alguém de olho em você... vão lhe pegar antes que saia do cemitério. - (acho que ela exagerou um pouco no terror)
- É que ainda está muito cedo... - sussurrou-me outra senhora.
Novamente optei pela prudência... Novamente abortei um plano por causa de medo de gente... Triste!
9 comentários:
Mas as fotos valeram o extraordinário risco.
Cuide-se. Afinal, uma Nikon é algo que brilha no escuro.
Abs
Fotos muito lindas.
A madrugada traz muita inspiração pra algumas pessoas. Pra mim é a melhor hora pra se trabalhar, a coisa flui que é uma beleza.
Beeesos
Barretto,
Estou tentando encontrar o equilíbrio entre a fissura por fotografar e os cuidados com a minha integridade patrimonial e física. O limite é tênue. Além disso, acho um saco aquelas fotografias engomadinhas na Estação das Docas, no Mangal das Garças, no Museu e no Bosque... Tem de ter mais emoção!
Amanda,
Também gosto muito da madrugada. Silêncio, temperatura amena, telefone que não toca... O problema é que preciso estar bem acordado durante o dia.
Abraços
É verdade. Chega de fotografias dos mesmos lugares sempre. É a mesma angústia que me aflige. O próximo passo, é inovar. E esse, é sempre o maior desafio.
Boa sorte a nós!
Barretto,
A gente poderia marcar umas saídas coletivas para fotografar.
Faca de dois gumes: se por um lado, eu me sentiria mais seguro, por outro, isso aumentaria a eficiência de arrecadação do assaltante (já pensou? numa tacada só, levar 2 ou 3 Nikons?).
Abraço
Wagner, lindas fotos novamente, parabéns! Quanto ao "medo de gente" nos fazer receosos de sair para fotografar, sei bem como se sente... Ah, quanta diferença de passear e fotografar lá pelas bandas do "primeiro mundo", hein?!
Abraço
Fotos lindas e que enchem de saudade um ex-quase paraense hj na paulicéia.Pena que máquina fotográfica não é que nem relógio afinal fui a China e comprei um Rolex , "olizinal" , como eles falam lá , por usd7.00 e for roubado o cara não vai entender nada pois vou dar uma monte de risadas.
Abraços
Tadeu
Pois é, Marcelo,
É uma pena, pois aqui tem tanta coisa legal para se fotografar...
Tadeu,
Agradeço por mais um comentário. Fico feliz por minhas fotos lhe provocarem arroubos nostálgicos (se não me engano, foi você quem comentou sobre as boas recordações da Praça das Mercês, não foi?).
Com relação à câmera, é como eu respondi ao Barretto: tento proteger o patrimônio, porém se for para deixar tudo guardado em segurança, é melhor nem ter.
Abraços
Fui eu mesmo , numa mesma praça duas agrandes paixões.parece mote pra canção da jovem guarda.
Abs
Tadeu
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