quarta-feira, 3 de junho de 2009

O surgimento de uma nova montanha

Segundo a teoria da Tectônica de Placas o planeta Terra é dividido em várias placas tectônicas que se movimentam, flutuando sobre o magma. A dinâmica das placas determina a ocorrência de fenômenos geológicos, tais como as atividades vulcânica e sísmica, além do surgimento de fossas oceânicas e de cadeias montanhosas.
A orogênese ou orogenia é o conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas. A orogenia pode ser convergente, quando há colisão de placas, ou divergente, quando ocorre separação das mesmas. A orogênese convergente traz como consequência a o surgimento de cordilheiras, de dobramentos ou de fossas, devido à deformação da crosta superficial.
Tais processos são imperceptíveis para nós, seres efêmeros, uma vez que, na escala de tempo geológico, os fenômenos se desenrolam ao longo de milhões de anos. A título de exemplo, estudos realizados pela professora Carmala Garzione, da Universidade de Rochester (EUA), constataram que a Cordilheira dos Andes - considerada uma cadeia de formação abrupta - elevou-se a uma taxa de meio milímetro por ano, em seu período de crescimento mais acelerado, que durou 4 milhões de anos.
Como já foi dito em outra postagem, a comunidade científica ainda não se deu conta da diversidade e abundância de objetos de estudo disponíveis em nossa cidade.
Todavia, um observador mais atento já deve ter percebido que logo ali, bem debaixo de nossos narizes, processa-se a formação daquele que pode vir a ser o novo ponto culminante do Brasil, quiçá do mundo, apresentando uma taxa de crescimento da ordem de centímetros por ano!
Orgulho-me por testemunhar um evento de tamanha magnitude em nossa história geológica.

Encontro de placas tectônicas sob a Manoel Barata, chegando na Doca

7 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Ha ha ha ha, quem não tem protetor de carter...

Renato Fernandes disse...

Já vou patentear... heheh

Belenâmbulo disse...

Fred, quem não tem protetor de cárter (que é o meu caso) precisa dar a volta no acidente geográfico, para não provocar um acidente de trânsito.

Sys, tu vais patentear o quê? Se queres ter a honra de batizar o novo pico, então vai ter briga de foice, porque eu também quero!

Abraços

Yúdice Andrade disse...

Ali no canal do Galo, pela Pedro Álvares Cabral, a elevação é maior, porém mais lenta, já que parece consolidada após alguns anos...

Belenâmbulo disse...

É verdade, Yúdice,
Acho que aquilo ali é uma fissura geológica, equivalente à Falha de Santo André, na Califórnia. Com a movimentação das placas tectônicas, é possível que Belém se divida em dois continentes, separados pelo futuro Oceano do Galo. De que lado você quer ficar?

Abraço

Frederico Guerreiro disse...

aqui vai ele: "´".

Belenâmbulo disse...

Hein?!?!?!
É o acento de "cárter"???
Não tô acreditando que vc fez isso...
KKKKKKKKKKKKKKK