quarta-feira, 22 de abril de 2009

O poste

Perguntei ao Prefeito de quem era o poste,
ele por e-mail respondeu que não era seu.
Recorri ao Governador, que disse ser o poste federal,
e quanto a isso nada poderia fazer.
Então fui ao Presidente, ele disse; nada vi, nada sei.
Me vi em desalento! Um mendingo indignado disse;
o poste é meu banheiro privado.
Enquanto um transeunte que passava, olhava assustado,
um poeta dizia ser o poste um movimento literário,
onde música, teatro, poesia e arte andavam lado a lado.
Então me calo diante de tal significado, bolsa poesia;
a gente não quer só comida, quer diversão e balé.
A gente quer ver uma poesia em cada poste...
uma poesia em cada esquina,
ver à alegria esculpida em cada frase dita,
por todos aqueles que amam a poesia,
e toda forma lírica, que se resume em arte.


Rio, 19/12/07.
uma homenagem a poesia no Poste.
Rua do Rosário esquina com rua do Mercado.

Ricardo di Paula
(publicado no Recanto das Letras)

Av. Bernardo Sayão, próximo à José Bonifácio (haja poesia pra tanto poste!)

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