"Pau do presidente" é a maneira como é carinhosamente chamado o marco do início das obras da rodovia Transamazônica, em Altamira, afixado no tronco de uma árvore cortada. O então presidente Médici esteve lá em 1970, e retornou em 1972, para inaugurar o primeiro trecho da estrada. Em homenagem ao seu empreendedorismo, a Agrovila do km 90 recebeu o nome de Medicilândia, denominação mantida quando a vila foi elevada à categoria de município, em 1989. É provável que ilustre general sinta-se muito honrado, onde quer que esteja, mas o fato é que boa parte da população não sabe quem ele foi, nem o que fez (para mim, Médici é o ônibus que eu pego quando tenho de ir para a Duque de Caxias... a propósito, quem foi Duque de Caxias?). Além disso, acho superbrega esse negócio de Fulanolândia pra cá, Sicranolândia pra lá... Mas voltemos ao assunto.
Infelizmente, esses marcos, situados a 18 km do centro de Altamira, encontram-se abandonados, como é mais notório na segunda placa, já depredada pelos desocupados de plantão.
Peço desculpas pela má qualidade das fotos. As imagens escaneadas não ficaram legais, e eu também não consegui ajustá-las satisfatoriamente. Essa é a razão das legendas, nas quais transcrevi para vocês os textos de cada placa.
Nestas margens do Xingu, em plena selva Amazônica, o senhor presidente da república dá início à construção da Transamazônica, numa arrancada histórica para conquista e colonização deste gigantesco mundo verde. Altamira, 9-outubro-70
Retornando depois de vinte meses, às paragens históricas do rio Xingu, onde assistiu ao início da construção desta imensa via de integração nacional, o Presidente Emílio Garrastazu Médici entregou hoje ao tráfego o primeiro grande segmento da Transamazônica, entre o Tocantins e o Tapajós, traduzindo a determinação do povo brasileiro de construir um grande e vigoroso país. Altamira, 27-setembro-1972
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