segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fast-food de beira de calçada

Essas carrocinhas hibernam durante o dia.
Mais tarde infestam as calçadas de todos os bairros, para servir às hordas de seres notívagos esfomeados.
Disseram-me para tomar cuidado. Mas já testei os produtos de várias, e nunca morri.
Tavares Bastos com Almirante Barroso

2 comentários:

Bia disse...

Boa tarde, camarada:

no momento, uma hérnia de CD (de disco é muito retrô!)- agravada pelo excesso de peso - me inibe das aventuras gastronômicas.

Nestes trinta e alguns anos de Pará, fartei-me de cachorro-quente, pernil com cebola e pimenta, unha de caranguejo, tacacá nas cuias mal lavadas e açaí com trypanosoma cruzi.

Não, não faço a elegia do que "o que não mata engorda", mas tenho na boca o sabor de tudo isto e não troco pelo asséptico Mac Burguer ou qualquer-coisa-Bobs.

E fica sempre uma dúvida, quando as matérias assustadoras condenam nossas comidas, tipo um WiKileaks culinário.

O açaí sumiu ds mesas e das bocas, o caranguejo agora higienicamente produzido - não mais cuspido! - é exportado e nós ficamos assim ...assim... dando milho aos pombos.

Abração.

Belenâmbulo disse...

Boa noite, Bia!

Concordo com você.
Chego ao ponto de cogitar hipóteses conspiratórias em que grandes grupos internacionais estariam interessados na desqualificação e consequente falência de nossa culinária supostamente "suja", para então nos empurrar goela abaixo seus produtos assépticos e insípidos.

Abraço

P.S.: ontem comi uma maniçoba de beira de calçada após o Círio de Caraparu, que estava simplesmente divina!!!