segunda-feira, 30 de março de 2009

Minha primeira semana com a raquete elétrica

Ao contrário do que escrevi em outra postagem, domingo retrasado eu não fui à Praça da República apenas para devassar os cofres públicos.
Como já fora anunciado anteriormente, aproveitei o passeio para comprar minha primeira raquete elétrica, aquisição que vinha sendo adiada há semanas.
Quinze reais... oito horas de carga antes do primeiro uso... Ansioso, foi difícil esperar!
Desconectei a arma da tomada e imediatamente parti para o ataque. Que prazer!!! No começo, ainda me assustei com a centelha provocada pela descarga elétrica atravessando o corpo dessas criaturinhas repugnantes. Mas bastaram alguns estalos, e me acostumei, aprimorando a coordenação motora necessária para pressionar o botãozinho no instante fatídico do golpe de misericórdia. (aliás, golpe de misericórdia não, pois constatei posteriormente que muitas dessas odiosas sanguessugas aladas são tão ruins que o choque não é suficiente para matá-las... elas apenas desmaiam, e às vezes até saem voando, risonhas, escarnecendo o malogro de seu algoz)
Parece que elas perceberam o poder de destruição de meu novo artefato... Sumiram todas, e quando apareciam, concentravam-se estratégica e covardemente, como sequestradores que usam o refém como escudo, nas imediações de minhas orelhas, de minhas mãos...
Mas elas não contavam com minha paciência e disciplina orientais. Cheguei a escancarar as portas e janelas de casa, só para atrair as vítimas à minha tocaia.
Durante dias, amontoei os corpos insepultos sobre uma mesa. Porém, qual não foi minha surpresa ao me descobrir alvo de rapinagem por parte de formigas... Só deixaram as patas... Não esmoreci, e retomei a caçada, agora com mais voracidade e desejo de vingança. Calejado pela primeira experiência, passei a armazenar os cadáveres em um frasco de maionese usado, convertido em urna funerária.
Foi assim que, ao fim de uma semana, produzi a cena abaixo, inspirada nas apreensões da Polícia Federal.
Espero que tenham entendido quem é que manda no pedaço!!!


PS.:
a) A raquete já me proporcionou um prazer tão quase-orgástico, que não precisarei da geringonça sugerida pelo Carlos Barretto, no Flanar.
b) Apesar de eu ter seguido as instruções do vendedor e da embalagem, dando oito horas de carga antes do primeiro uso, as recargas subsequentes não têm tido a mesma intensidade. Mato uns poucos carapanãs e a bicha já descarrega. Isso aconteceu com mais alguém? Ou será que fui eu que não tive sorte?

23 comentários:

Anônimo disse...

Belenânbulo,não foi só com você que a carga diminuiu,a minha também.Ah!,descobri que o barulhinho que a raquete faz,espanta as criaturas repugnantes,será?

SDS,

Gilberto Rodrigues

Carlos Barretto  disse...

Vou fazer um review da raquete. Aguarde.

Rsssss

Let Azevedo disse...

Meu Deus!!!
Tenho um amigo que, como você, coleciona mosquitos mortos pela raquete.
Depois de um tempo, a descarga elétrica fica fraca mesmo. É vagabunda!
hehehe
beijos

Anônimo disse...

Com alguns poucos bichinhos mais daria pra fazer o circunflexo.

Belenâmbulo disse...

Prezado Barretto,
No aguardo.

Prezado Gilberto,
Pode ser o barulhinho... pode ser aquele cheiro de queimado...

Prezada Let,
Só colecionei os cadáveres para brindar meus amados visitantes com esta bela imagem. Foi uma experiência prazerosa, e só.


Com relação à "vida inútil" da bateria, lamento por não ter pedido a nota fiscal do estabelecimento que me vendeu a raquete...

ABRAÇOS A TODOS

Belenâmbulo disse...

Prezado Anônimo das 20:43,

Tô rindo sozinho com a sua observação...
Pois é... pequei na ortografia, não foi?
Eu até tinha mais uns bichinhos para fazer o acento. Acontece que minha paciência... você não imagina... no finzinho desta obra artesanal, eu já estava quase desistindo da foto e da postagem!!! A mínima brisa já deformava as letras (trabalhei o tempo todo tomando fôlego e prendendo a respiração), sem contar que as longas patas dessas criaturas odiosas se entrelaçam de tal forma, que, se você mexer em uma, todas as suas vizinhas também saem do lugar.
Então, foi isso o que aconteceu. Minha paciência se esgotou. Minhas mãos já não tinham mais a mesma firmeza. Preferi agredir nossa língua pátria a correr o risco de desmantelar a letra "A".

Abraço

Yúdice Andrade disse...

Rapaz, eu tive que rir! A foto com legenda está impagável! Espero que a bateria melhore e voltes a atacar com todo a voracidade, porque esse trabalho jamais acaba!

Lafayette disse...

Ou você deu azar, ou eu dei sorte, pois a minha raquete (já tenho desde de início de Janeiro, e comprei com o meu fornecedor de castanhas-de-caju-em-saquinho-de-chop e de beijo-de-moça, lá do cruzamento da Júlio Cesar com a Pedor Álvares Cabral) tem um carga de bateria que dura pacas.

Ps.: Acho que o estalinho é que vicia a gente! rsrsrs

Belenâmbulo disse...

Prezado Yúdice,
Fico contente por saber que minha obra artesanal lhe rendeu boas risadas.
A bateria arriou de vez... não teve jeito.
E os carapanãs sobreviventes, num mutirão procriatório, voltaram com força total.
Voltei a fazer justiça com as próprias mãos.

Prezado Lafayette,
Pelos depoimentos deixados nesta caixinha, você pode se considerar um privilegiado.
Se eu decidir comprar outra raquete, comprarei no complexo comercial que você indicou.
Ah... e o estalinho é mesmo viciante. Aliado àquele cheirinho de queimado, então...

Abraços

Scylla Lage Neto disse...

Égua do post pai d'égua!
Após a minha temporada com dengue, tenho que elegê-lo o meu herói!
Um abraço.

Belenâmbulo disse...

Prezado Scylla,
Espero que esteja totalmente recuperado, e com sede de vingança.
A proposta do grupo de extermínio continua de pé.

Abraço

Anônimo disse...

Tenho duas raquetes. Uma vermelhinha, parecida com a da foto, e uma azul, que veio até com uma lanterninha! Hehehehe
Quanto a carga, até agora td normal! Agora uma coisa é certa: Os carapanãs desaparecem! To com uma habilidade Jedi no manuseio e os covardes sumiram =\


Thiago Lestat

Belenâmbulo disse...

Prezado Thiago,

Com você, já são dois que tiveram sorte com as baterias. A minha faleceu há vários dias.
Voltei ao trabalho manual, mas estou pensando em comprar mais uma raquete.
O exercício é viciante!!!

Habilidade de Jedi?! ahuahuahuahuahuah!!! essa foi ótima!

Abraço

Lafayette disse...

Ei, será que o "macete" é comprar a que tem a lanterninha?

A minha tem a lanterninha e ainda estão firme e forte.

Fico uns três a quatro dias sem dar carga e ela bota quente normalmente.

Vai a dica Belen...

smanhric*

*a partir deste comentário, toda vez que entra num blog que pede "registrar" caracteres, irei colocar, ao final da postagem, o dito cujo.

Vou colecioná-los!

Belenâmbulo disse...

Prezado Lafayette,

Valeu pela dica! Vou procurar uma dessas com a lanterninha.

Abraço

Daniel Paiva disse...

Nossa , ri demais com este texto divertido seu. Aqui, uma pergunta: Quando você pões pra recarregar, na tomada, a raquete deve estar ligada ou desligada? Coisas de "aspira" ainda entro nesta elite dos matadores profissionais como você.

lion denis disse...

Rsrsrsssrrsrs, muito engraçado esse seu jeito de levar essa história de mosquito tão a sério! Continue seu trabalho!kkkkkkkkkkkrsrsrsshushushus

Anônimo disse...

Kkkk... Chorando de rir também sou uma raquete maniaca kkk! Não poderiam ter criado coisa melhor.
Abraço

Anônimo disse...

A bateria da raquete é de 3,6v. Troquei ela por uma enjambração com 3 pilhas recarregáveis, o poder de fogo é impressionante.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Comprei duas tbm, uma está arriando....
O prblema é que vc mata um e vem a família inteira pro funeral.... ninguém merece.... pare que adivinham qdo a raquete está carregando.

Unknown disse...

Não jogue fora abra e coloque outra bateria de celular pilha oque for mesmo que a bateria fique para fora adapite o recarregamento fica topo já fiz isso da certo

Unknown disse...

Rapaz, o texto além de bem escrito diverte. Meu cérebro transbordou serotonina. Cheguei aqui atrás de informações sobre recarga do utensílio e dei boas risadas. "Sanguessugas aladas" , morri kkkk. Parabéns ao autor pelo post.