Entrei naquela fila quilométrica um pouco apreensivo.
O que é que aquele homem tem, que faz as pessoas desmaiarem durante a unção?
E eu, que não tenho religião, serei afetado?
Quando chegou a minha vez, os assistentes já estavam posicionados, prontos para me amparar, e certos de meu desabamento.
Mirei o padre Elói fixamente, sem palavras, e experimentei uma profunda paz. Fechei os olhos, senti seu polegar lambuzado de óleo tocar minha testa. Só isso...
E agora?
Eu estava disposto a não abrir os olhos enquanto ele não me "liberasse".
Parece que ele também não me largaria enquanto eu não abrisse os olhos, ou desmaiasse.
O "duelo" durou alguns segundos, que pareceram horas.
Finalmente cedi, e deixei meu corpo cair. Estive consciente o tempo todo. Independentemente da crença, as vibrações são muito positivas, mas juro que senti o padre me empurrar, muito sutilmente.
Missa do Padre Elói, no ginásio do Batalhão de Polícia de Choque, Cremação
quinta-feira, 29 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Onde os carros não chegam (2)
quarta-feira, 14 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Autorregulação
sexta-feira, 9 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
Quem lê mais, escreve melhor
Vadiando no Magazan do Shopping Castanheira, encontrei algo que me interessou, porém pelo qual não poderia pagar.
Estava cercado por uns quatro funcionários, que coincidentemente comentavam sobre a quantidade de câmeras de segurança no local.
Sem me intimidar pela vigilância ostensiva, subtraí sorrateiramente o objeto de meu desejo, carregando-o na mão fechada até um corredor mais estreito, onde o meti no bolso da calça.
Cheguei em casa radiante de alegria, com a consciência tranquila pelo dever cumprido.
Retirado de circulação um atentado violento ao idioma
P.S.: esse pequeno ato de transgressão foi cometido no dia 17/02/2012. A postagem estava programada havia algum tempo, porém eis que na última sexta (02/03) retorno ao mesmo local e me deparo com aquela maldita etiqueta a me escarnecer discretamente - séria por fora, gargalhando por dentro - como um criminoso que circula serelepe e saltitante após ter pago fiança.
Estava cercado por uns quatro funcionários, que coincidentemente comentavam sobre a quantidade de câmeras de segurança no local.
Sem me intimidar pela vigilância ostensiva, subtraí sorrateiramente o objeto de meu desejo, carregando-o na mão fechada até um corredor mais estreito, onde o meti no bolso da calça.
Cheguei em casa radiante de alegria, com a consciência tranquila pelo dever cumprido.
Retirado de circulação um atentado violento ao idioma
P.S.: esse pequeno ato de transgressão foi cometido no dia 17/02/2012. A postagem estava programada havia algum tempo, porém eis que na última sexta (02/03) retorno ao mesmo local e me deparo com aquela maldita etiqueta a me escarnecer discretamente - séria por fora, gargalhando por dentro - como um criminoso que circula serelepe e saltitante após ter pago fiança.
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