Atendendo ao convite do amigo virtual Lafayette, fui conhecer o tão comentado Restaurante Rural Terra do Meio, situado no km 03 da Estrada Velha do Uriboca.
Um telefonema antes (3255-1882/3277-2975), só para não me perder. Não tem errada: passou o posto da Polícia Rodoviária Federal, conta dois postos de combustível (o segundo se chama Pindorama) e dobra à direita. Já tem uma placa do restaurante na beira da BR, o que torna as coisas bem mais fáceis. Agora é só seguir em frente. A maior parte do trajeto é asfaltada. O "Sítio do Velho André" fica ao lado direito da pista e é bem sinalizado.
Diante de tantas opções, escolhemos a "Tartaruga guisada ao molho da castanha-do-Pará" e o "Tucunaré na manteiga". Eu morria de curiosidade para experimentar a carne de tartaruga. Já trabalhei no Ibama, e até meus próprios colegas fiscais contavam histórias fabulosas a respeito dessa iguaria, após as quais tinham de enxugar a baba viscosa que lhes escorria até o queixo. Não poderia desperdiçar essa oportunidade... ainda mais acreditando na origem idônea do produto.
No cardápio, informa-se que o prato de tartaruga sai em 60 minutos. Juro: nem sentimos o tempo passar!
Um papo descontraído com o simpático Sr. André Costa Nunes, que se mostrou impressionado com o poder de divulgação da blogosfera ("corremos feito loucos com tanta gente aqui no dia da inauguração"), e nos brindou com um relato delicioso das peripécias de seus netos endiabrados, os quais conseguiram virar uma balsa supostamente "invirável"... Uma caminhada nas trilhas (para abrir o apetite)... Uma volta de canoa... E no melhor da brincadeira...
"Senhores! Está pronto!", gritam do trapiche.
"Já??? Mas a gente ainda quer se divertir!"
Hora de iniciar os trabalhos.
Meu irmão... por que não me apresentaram antes a esse molho de castanha, hein? Muuuuito bom!!! (dois pratos encheram o bucho de quatro pessoas, e ainda sobrou um pouquinho... um pecado!)
Pena que à tarde ainda tivemos de pegar no batente (era sexta-feira). Se não fosse isso, certamente passaríamos mais umas boas horas vadiando pelo sítio.
Vejam as fotos e me digam se não dá vontade de ficar por lá até o entardecer.
8 comentários:
Pelas fotos,o lugar parece muito legal! E essa dica do tucunaré na manteiga me deixou aqui com água na boca! Assim que voltar a Belém, vou conhecer o lugar!
Porra, um relato deste sobre "as coisas do meu pai", faz você, desde já, um novo amigo "das antigas" (sem lhe conhecer pessoalmente), independentemente de qualquer coisa.
Aquele sítio me viu crescer. Quando nasci em 1970, meu pai já o tinha.
O sítio passou por várias transformações, e esta recente é a mais profunda.
Um dia nos encontraremos na beira do lago, para papearmos, contar umas mentiras, fala mal da mãe dos outros e "comer rezando" qualquer umas das delícias feitas ali.
Abraço e levarei um link desta postagem lá pro meu.
Semestre letivo acabando... Está chegando a minha hora de conhecer o Terra do Meio.
Não vejo a hora.
Caríssimos André e Lafayette (assim mesmo, por ordem de antiguidade, e com a devida permissão ao Belenâmbulo).
Eu e Araceli já estamos de volta das férias (e à blogosfera) e estamos agendando um dia no Terra do Meio.
As coisas boas que temos precisam ser valorizadas e perenizadas.
Vida longa para vocês, para o Terra do Meio, para os ascendentes e descendentes.
Ah, sim: quando formos aí queremos ouvir mais alguns causos do Anfrísio (do velho e do jovem) e do próprio André.
Rapá, eu num gosto muito de pêxe e tartaruga, más vô dá um pulo lá prá cunhecê. Parece bem rural mermo!
E vô levá minha muié que gosta de pêxe quié só uma bixiga!
Só farta um mapinha gente num si perdê.
Abraços.
Prezados TODOS,
Divulgação boa, é divulgação assim: espontânea! Não recebi nada, nem fiz favor a ninguém. Publiquei aqui porque o Terra do Meio é uma preciosidade, e esse é o meu propósito na blogosfera.
Recomendo a todos. As crianças vão adorar (tanto aquelas em idade cronológica, quanto as que existem, às vezes adormecidas, dentro de cada um de nós).
Um dia, certamente, teremos a oportunidade de nos reunir lá, para jogar "meia-hora" de conversa fora à beira do lago.
Ainda teve outro "causo" de seu André, que não consegui encaixar no texto. Foi sobre a interessantíssima técnica para salvar da extinção as tartarugas matamatás, frequentes nas imediações do sítio. "Espalhei entre meus vizinhos a história de que a carne do bicho é venenosa...", confessou, com aquela expressão de menino treloso, arrancando gargalhadas de meus sisudos colegas de trabalho.
Abraços!
PS.: Pacheco, no site do restaurante (www.terradomeio.com.br) tem um mapa, mas... pô, você bem que podia confiar no meu relato, né?
A minha experiência gastronomica na terra do meio não foi nada excepcional, infelizmente, sinceramente não percebi nada de tão diferente pelo menos nos pratos que comi, ainda mais o fato da farofa estar com gosto de queimada , o prato demorar muito a ser servido e os garçons totalmente perdidos. Talvez vc não tenha sentido nada disso por ter ido numa sexta. Fui dois domingos seguidos, o segundo o atendimento tava muito ruim. Espero que melhore pois o lugar tem tudo pra dar certo e percebi boa vontade em evoluir. Na intenção de colaborar para melhorar.
Pois é, André,
Li comentários em outros blogs abordando a demora no preparo dos pratos, e o atendimento tumultuado. O próprio sr. André reconhece a dificuldade. Ele não imaginava que a procura pelo restaurante fosse tão grande.
Você tem razão: sexta-feira estava bem tranquilo. Acho que fomos os primeiros a chegar, por volta das 12:30 h.
Abraço, Wagner
PS.: ainda estou lhe devendo algumas postagens sobre a 25 de Setembro. Não esqueci!
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